sábado, 5 de dezembro de 2015

Nicanor Parra -- Plácido, poema traduzido: NÃO SOU TÃO PARANÓICO

(10) NO SOY TAN PARRANOICO (49)

                                              después de todo          
Como para creer que gracias a este birrete
Se me abrirán las puertas del celebro:
Ya lo dijo la tía de mi tía?
Lo que natura non da
Salamanca non convida

Pero de algo sí que estoy seguro:
De hoy en adelante
Mis nietos psicodélicos
Van a tener que pensarlo 2 veces
Antes de avergonzarse del abuelo

 


Conviene recordalo:
No tengo nada contra las sandías
Son los melones los que yo no soporto


Discurso del Bío Bío -- 1996.


NÃO SOU TÃO PARANÓICO

 

                                   depois de tudo

Como para crer que graças a este barrete

Se abriram as portas do cérebro:

Já digo para a tia da minha tia

O que a natureza não dá

Salamanca não convida

 

Mas de algo estou seguro:

De hoje em diante

Meus netos psicodélicos

Vão ter que pensar duas vezes

Antes de envergonhar-se de seu avô

 

Convém recordar:

Não tenho nada contra as melancias

São os melões que eu não suporto

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