quarta-feira, 30 de junho de 2010

PENSAMENTOS EM MOVIMENTO? POR QUÊ?

Quando Fábio, meu amigo e empresário, teve a ideia do blog, logo lhe disse que faria, mas com outro nome. Ele achava que por estar fazendo o projeto "365 dias com poesia", um poema por dia, iria aproveitar o nome.

Justamente por isso quis mudar o nome, não gosto de ficar repetindo as coisas, por outro lado, lhe disse que o blog se chamar PENSAMENTOS EM MOVIMENTO me daria maior abrangência de temas, não precisaria ficar restrito aos poemas. E foi o que aconteceu...

O nome ter sido escrito em maiúsculas e minúsculas foi para dar a ideia de movimento...

Sabe o que significa emoção? Colocar em movimento, mover-se para fora, se motivar.

Então, Pensamentos em Movimento é um chamado de consciência em que o (im)paciente para de olhar a vida dos outros e passa a querer transformar a própria!

Abraços, Marco.

ARESTAS

Depois de quase duas horas num puta engarrafamento, cheguei em casa e me lembrei de postar um poema que fiz logo assim que iniciei meu trabalho de preparação vocal. Uma das coisas que acho mais legais na Marriet é a capacidade de entender a especificidade de cada paciente. No meu caso, ela logo percebeu que apesar de querer cantar melhor, minha onda é poesia. Desde o início viu que não estava trabalhando com um cara que queria ser cantor e sim com um poeta que queria interpretar suas canções.

E isso, aliado ao fato dela gostar de poesia, foi fundamental para alcançarmos em pouco tempo um ótimo resultado, pois não fazemos um trabalho fonoaudiológico no sentido estrito é um trabalho artístico-fono-terapêutico! Muito bom e tem me acrescentado muita confiança, característica fundamental para quem vai enfrentar as feras do palco.

Sem maiores delongas, vamos ao poema.

ARESTAS

Cansado de tanto falar
Para ouvidos
que não sabem enxergar
Para olhos
que salivam por coisas tolas
Rouco de tanto escutar
vazias palavras
Amígdalas
tensas
Tolas
frouxas
Com suas afirmações
sem nexo
sem ferro
assisto fraco
a diagnósticos exatos
cantores exatos
sem emoção
sem condição de entenderem que cantar
não é apenas exalar ar
cantar é viver
a vida com arestas

Abraços, Marco.

terça-feira, 29 de junho de 2010

O QUE É FAZER SHOWS

Muitos me perguntam: "Como é fazer um show?" Resposta, educada:"Cara, é como... brincar de pique no recreio... ou a sensação de ganhar no Natal a primeira bicicleta..." Indescritível! No meu caso, ainda é mais foda, pois estou cantando os poemas que escrevi, quase todos com pequeníssimas modificações, então é emoção elevada à décima.

Às vezes exagero e chego a afirmar que seria bom mesmo que eu cantasse muito mal, o que não é o caso, porque tudo que eu escrevi sai cantado com muita verdade, a emoção que a platéia ouve é genuína, de um cara que sempre adorou música e não sabia que sabia fazer música. Já imaginou...?!

Tanto é que no primeiro ensaio com banda minha voz praticamente não saiu, no fim o João, baixista, falou para eu soltar mais a voz e eu respondi que ele não sabia o que eu estava sentido e expliquei; "Cara, até algumas horas atrás eu só ouvia música e agora estou fazendo, estou me sentindo dentro do disco." Muitooooo foooodaaa!!!!

Abraços, Marco.

FOTO (Centro Cultural Memória do Rio, em 18.12.2009)

Show na Lapa, em dezembro de 2009.

FOTO (Rascunhos Poéticos, em junho/2010)

Show na Daconde, em junho de 2010.

FOTO (Rascunhos Poéticos, em maio/2010)

Show na Daconde, em março de 2010.

FOTO (Sesc-Niterói, em 29.04.2010)

Show de lançamento do CD Coleção de Besouros no Encontro de Poesia de 29.04.2010 no Sesc de Niterói.

FOTO (Waxy Pub, em 27/04/2010)

Show de Lançamento do CD Coleção de Besouros, na Waxy Pub, em 27.04.2010.

FOTO (Rascunhos Poéticos, novembro de 2009)

Show na Livraria daconde -- Leblon, em novembro de 2009.

FOTO (Rascunhos Poéticos, em outubro/2009)

Show na Livraria Daconde -- Leblon, em outubro de 2009.

PRESSENTIMENTO

Tenho um sentimento, pressentimento, de que as pessoas amigas gostariam de me perguntar por que fazer poesia nos dias de hoje. Em várias ocasiões já tive essa sensação, então resolvi fazer um poema para explicar.

Esse poema se chama SENTIDO DA VIDA:
Marco
Por que escrever
poesia
hoje em dia?
Escrevo para tentar acreditar em algo
que não seja
"tempo é dinheiro"
escrevo por saudade...
para ouvir a palavra amizade
pois
como bem disse o poeta
um bebê não nasce da solidão
escrevo
para ouvir
para falar
escrevo para me comunicar
um escritor
precisa
de olhos
ouvidos
mãos
amigos
são.
amigos
são
a possibilidade de evitar conflitos
amigos
como disse o mestre Vinícius
se reconhecem
e da confiança
nasce o laço
que adornará o presente
que embalará o passado
que adoçará
nosso futuro
juntos.
Amigos
chamados
saudade
de irmão
Convicção
de mãe
Cultura
de pai
Confiança
de Luiz
Amor
de filhos
Meninos
Vinícius, Victor e Thiago
Amor de esposa
doce flor
Angélica
Para quem confesso a dor
que não pode ser escrita
a dor inaudita
de colocar
sentimentos
em palavras
que jamais serão lidas
pelos que desconhecem
o verdadeiro
sentido da vida
descobrirmos quem somos
para que
(pelo menos)
em sonhos
Nos tornemos reais e fraternos amigos...

(Niterói, 30 de abril de 2009, em homenagem ao meu falecido irmão Carlos Frederico.)

Abraços, Marco.

ENCONTRO COM FERREIRA GULLAR

Mudando de assunto, mais ainda na poesia (sim aqui os assuntos serão, em princípio, música e poesia), falarei sobre meu encontro com o mestre Gullar.

Fiquei sabendo que num sábado de abril do ano passado haveria um encontro dele com poetas da APPERJ (Associação dos poetas profissionais do Rio) numa livraria no Centro do Rio. Saí de casa todo animado crente que não teria lugar para me acomodar, uma vez que estava muito atrasado. Lá chegando fiquei puto quando vi trinta gatos pingados cercando o coitado do poeta que tinha que inventar respostas criativas para perguntas óbvias.

Diante de tal absurdo -- o maior poeta vivo, junto com Manoel de Barros e Thiago de Mello, tendo audiência tão pequena! -- decidi nunca resvalar nessa situação (pretensioso?) preferiria me divertir na música, como o mestre Vinícius (o Brasil é um país engraçado os críticos esperam o cara envelhecer para condecorá-lo?!).

Aos oitenta não quero medalha no peito, talvez por isso Drummond tenha se negado a pertencer à Academia Brasileira de Letras!

P.S. Esqueci de dizer que fiz uma pergunta ao mestre que não foi entendida, por nervosismo meu, e ficou tudo por isso mesmo.

Abraços, Marco.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

ENSAIOS PARA O PRIMEIRO SHOW

Depois de ter descoberto o óbvio, que teria que fazer um show de lançamento do CD "Coleção de Besouros", já explico o porquê desse nome, passei a me preocupar com a preparação do show. No mesmo sábado que tomei o susto, liguei procurando o tal do professor de violão, que se chamava Washington. Após, uma preleção sobre o motivo do açodamento, ele meio desconfiado, com toda razão, perguntou: "Então, quando começamos?" Respondi: "Pode ser hoje?" Engraçado, mas verdadeiro.

Daí começou uma batalha, ele querendo me ensinar a cantar as músicas que tinha escolhido e eu querendo fazer novas músicas além das dez que havia feito sozinho. Dessa peleja, surgiram COMPLEXA VAZÃO e À CECÍLIA, acho que depois dessa o Tom se rendeu, e fizemos mais umas dez, oito dessas completaram o disco.

Ah! já ia me esquecendo, o CD se chama "Coleção de Besouros", porque assim como via as pessoas desconfiando da minha capacidade de cantar, sabia que eles, os besouros, anatomicamente não foram feitos para voar, mas... voam!

Abraços, Marco.

365 DIAS COM POESIA (junho)

Voltando aos poemas do projeto "365 dias com poesia", no mês de junho, dois me chamaram muita atenção. O OCEANOS, porque já virou música (aumentei o poema), ainda não gravada, parceria com Sérgio Suzano. E o SOLIDÃO, um dos poemas que inauguraram um jeito bem ansioso de narrativa.
Vamos a eles:

OCEANOS

...quantos oceanos...

Quanto de oceano
separa nosso desengano
Quanto de oceano
Trago
em mim
Humano?
Quantos oceanos...
nos separam de um eu te amo?


SOLIDÃO

...falam de solidão...

Sabem o que isso significa?
O cravo sem a rosa é solitário como a gaveta sem a foto do namorado a pétala sendo pisada o talo sem seu formato ex-cravo as unhas dos pés sem corte sentem falta da mão da filha que todo dia conferia o tamanho da encrenca as ondas sem a areia da praia que sem você exala um cheiro sem sabor o bolso do paletó sem a moeda que compraria um saco de pipoca para a vizinha única filha de uma família amiga que acabou o vento batendo no meu peito num porto distante...isso é solidão!

Abraços, Marco.

MOTIVOS 2, A MISSÃO

Agora contarei o motivo que me levou a fazer shows. Na verdade, foram dois;

O primeiro a recusa de um dos grandes da MPB a examinar um poema meu para possível futura parceria, me disse, através de uma assessora, não musico poemas!

Logo vi que se quisesse ter carreira não seria esperando algum cantor musicar meus poemas/letras (sempre desejamos a solução menos dolorida...).

Sucessivamente, estando eu num sábado com minha esposa numa butique em Icaraí, ouvi, depois de falar pelos cotovelos sobre a gravação do CD, da Bia, dona da loja: "... e quando será o show?". E eu: "Show, que show?" Ela rebateu: "Ora, você não fará o lançamento do CD num show?".

Aí levei um susto, como não tinha até aquele momento passado pela minha cabeça de que deveria promover o lançamento do CD?! Quanta burrice!!!

Saí dali todo amuado e chegando em casa pensei num set list de músicas que já cantava no karaoke que acabara de comprar havia um mês e meio. Exagerado, do Cazuza, Don't Stop Dancing, do Creed, entre outras e umas seis minhas.

E foi assim que começou minha carreira musical.

Num outro momento conto como foi o preparo e o primeiro show, que aconteceu no dia 03/07/2009, abraços, Marco.

MOTIVOS

Tudo que fazemos tem motivo? Vamos à praia porque está sol, trabalhamos para ganhar dinheiro e poder fazer coisas que necessitam de dinheiro, tipo: viajar, comprar um imóvel, um carro, etc.

Então, o que me motivou a, depois de 42 anos, passar a escrever?

Por vezes penso nisso e acho que cheguei a algumas conclusões:

1 -- Vários acontecimentos mexeram muito comigo: morte de irmão, e a constatação óbvia, mas sempre adiada, de que vamos morrer; pressões no trabalho, não me via ficando velho dentro de uma instituição arcaica; ansiedade por fazer algo diferente, seria política, artística?,que produziu até uma dor no peito, por angústia, acredito.

Esses foram os grandes motivadores de uma preocupação de fazer alguma coisa nova, que eu ainda não sabia o que seria.

2 -- Quando já admitia que queria mudar o rumo da minha vida, fiz meu primeiro poema FREDERICO, que me abriu as portas para um mundo que até então só conhecia como espectador (leitor). O ânimo aumentou com o LIDERANÇA e daí para a produção de vários livros foi um pulo.

3 -- Outros fatos, agora me vêem à mente, como sempre ter gostado de Rita Lee e Djavan; ser vidrado na força dos Stones e Led Zeppelin e de ter lido algusn livros de Drummond, Quintana, Bandeira e Vinícius de Moraes. Carreira artística se apresentando...

4 -- Um pouco antes de começar a escrever ouvia muito Los Hermanos e Vander Lee e me lembro ter ficado emocionado quando um música do artista mineiro falou que ele não era cantor, era um poeta... Além disso, tinha o hábito de ler sobre os grandes pintores: Matisse, Picasso, Bacon, Cézanne, entre outros.


5 -- Essa salada de fruta cultural foi completada quando fiz uma viagem a Buenos Aires e Santiago do Chile atrás de livros dos seus poetas mais famosos.

Começava, sem saber, a plantar a semente artíistica dentro de mim!

Não se espantem, comigo é tudo junto e misturado mesmo.

No próximo post continuo a história, abraços Marco.

domingo, 27 de junho de 2010

365 DIAS COM POESIA (maio)

Em maio dois poemas me chamaram mais a atenção. AS BALEIAS, por ser bem sacana, e GUARDA-CHUVA, pelo seu alto teor de desilusão.

AS BALEIAS

Um cacho
que não liga para bananas...
Um padre
que gosta de boate...
Uma drag que não tem realeza...
Uma sapata
que anda de sandália
E unhas pintadas...
Um poeta careta...

POR FAVOR!
Salvem as baleias!


GUARDA-CHUVA

Hoje
Não estou
conseguindo brincar
Com
as palavras
Saem
Sentidas
Travadas
Minha garganta
amarga
não me deixa mentir
nenhuma bala
nenhuma doce recordação
me fará retirar
o gosto de guarda-chuva
da boca

Abraços, Marco.

365 DIAS COM POESIA (abril)

Em abril por conta da tragédia que atingiu várias regiões do Estado do Rio de Janeiro, em especial, o Morro do Bumba, aqui em Niterói, fiz um poema que me levou a adentrar a seara social, até então por mim praticamente esquecida.

Em pequena homenagem às vítimas das chuvas será o único dessa postagem. Vamos a ele.

DESABRIGADOS

...agora
essa criança
que nunca votou
Vai aprender a força da palavra solidariedade
Vai aprender que tudo de ruim que aconteceu pode piorar
Vai aprender...
E talvez
Se chegar a idade adulta
Não tenha mais forças para se revoltar
Agora
É desse jeito com esse cheiro que nós vamos ter que nos virar

Abraços, Marco.

365 DIAS COM POESIA (março)

Em março, dois foram destaques. O VERÃO, por seu alto grau de ironia e o FAGULHA é um dos poucos poemas ecológicos.

VERÃO

Falo de mim
ou de nós?
Falo...
e minha voz machuca
(já me disseram)
Minha voz catuca
a manca e surda
existência dos
sem primavera...

Cultivando nosso inverno
Colheremos outonos
Vocês verão

FAGULHA

Entre pedras
da batida
Nasce a faísca
da faísca
o mato seco dá a luz ao fogo
A fogueira queima o todo de mata
A fogueira mata
A mata não respira
O ar não se espalha
Esquecendo da fagulha
que nua
Não aquece as pedras
Desse poema

Abraços, Marco.

365 DIAS COM POESIA (fevereiro)

LATINHA foi uma resposta a um E-mail da tia Bel que me informava sobre um encontro de poetas para discutir os destinos da poesia no século XXI.

LATINHA

...os rumos da poesia?
me sinto como o cara que quer salvar o mundo catando latinha...

Outro destaque é o poema É O POETA

O que é
É!

Uma mãe amamentando
Para a criança
Não é uma mãe amamentando

É o alimento!

O pai reclamando com o vizinho
que bateu no seu filho
para o garoto
não é o pai reclamando...

É a proteção!

Um poema sendo escrito
para o poeta
Não é um poema...

É o poeta!

Abraços, Marco.

SITE

Amigos, no meu site marcoplacido.com.br são encontrados todos os poemas do projeto "365 dias com poesia". Aqui, passarei a destacar dois poemas de cada mês até o mês de junho.

Vamos ao destaques de janeiro: COMPLEXA VAZÃO, já postado,
e INVASORA ARTE, que deve virar música.

A arte
Parte consciências
Invade residências
Entalha na carne
Grava na alma
Pinta a fauna
Mancha de tinta
a palma da mão
A arte não acalma
agita
desfralda
Desfolha a solidão
a arte amanhece o querer
Ilude a tarde
antecipando o anoitecer
Sombreando nosso sorriso de ilusão
A arte
Impossibilita
Arrisca
Petisca
Nosso encontro com a pretensão
A arte
Namora
esfola
vai embora
Cativando em nós uma paixão
Ao descobrirmos
quem fomos ou somos
antes da invasão!

Abraços, Marco.

MARADONA

Dizem os especialistas, Maradona não é bom técnico. Quem armou a seleção foram os auxiliares.

Amigos, como imaginar que o cara que é o Deus do futebol na Argentina não conseguiria unir seus jogadores para jogar e ganhar a Copa do Mundo?
Quem em sã consciência, na comparação, acreditaria que Zico não seria capaz de tirar sangue dos jogadores brasileiros?!

Com a escolha dos melhores jogadores será que um ídolo da estatura de Maradona precisaria ser um grande técnico? Teóricos como Parreira, Lazaroni fariam melhor? Que jogador de futebol, ou melhor, quem atura discurso teórico?

Avante, Argentina! (Lógico que para perder a final para o Brasil)

Abraços, Marco.

PUNKS POEMAS

Punks poemas são poemas em que uso a estética punk -- faça você mesmo! para em poemas curtos e diretos mandar meu recado que é, geralmente, uma revolta de se descobrir usado pela hipocrisia reinante em nossos relacionamentos sociais.

Destaco dois deles. SOLITÁRIOS

Solitários somos todos só os otários ainda não se deram conta da verdade o elefante morre gordo e só essa é a realidade!


Outro que gosto muito é UM CARA

Umcaratatuadonomeiodeoutroscarastatuadoséapenasmaisumcaratatuado

Esse inspirado nessa moda de se tatuar em que todos estão tatuados para se destacar e acabam igualados, justamente por terem adotado o mesmo subterfúgio.

Abraços, Marco.

ERUDIÇÃO OU CULTURA?

Alguns entendidos consideram erudição um conhecimento estático e cultura um conhecimento dinâmico. Explico: erudição seria o conhecimento de uma pessoa teórica que explanaria sobre determinado assunto com conhecimento não emocional (imagino). O culto seria uma pessoa com capacida dinâmica de provar o que diz.

Mal comparando, Pelé discorrendo sobre futebol seria, hoje em dia, erudito, e Messi, culto. Como a medida de erudição é estática, por isso mais previsível, por exemplo, para ser Papa é necessário saber pelos menos 5 idiomas, a cultura poderia ser testada sobre quais critérios?

Aí, não tem jeito, a bola está quicando na grande área, para ser poeta o que é necessário? Erudição ou cultura?

Um poeta que se utilize de palavras menos conhecidas ou até estrangeiras seria mais erudito ou culto do que um que consiga passar sua mensagem com um vocabulário menos sofisticado?
O que é sofisticação? Se comunicar ou mostrar erudição?

Como não sou erudito e sempre fui curioso sobre como as coisas acontecem, dos dois sobraria a única que é dinâmica -- cultura, dando ao pobre poeta a esperança de melhorar com o tempo.

Ah! Outra defesa boa, penso, é a de que com o tempo o erudito pode esquecer o que aprendeu, já o culto tem o tempo como aliado! (Não sei se consegui vender meu peixe...).

De qualquer modo, obrigado pela paciência.

P.S. Erudição seria conhecimento e cultura seria criatividade?

Abraços, Marco.

PRIMEIRO OLHAR

Um poeta chileno da mais alta estirpe disse que escrever poesia é registrar o primeiro olhar, o susto que tomamos com algo que nos toque... e que talvez, para a maioria seja tão óbvio que não é mais perceptível, quanto mais esse registro conseguir emocionar o leitor maior será o poeta (digo euzinho).

Para isso não é preciso rebuscamemto formal. Drummond, Bandeira, Cecília Meirelles, João Cabral foram grandes porque souberam não se perder em preocupações com os pares eruditos (aqui cabe uma discussão sobre erudição). Poemas devem expressar quem somos, sem a preocupação do erudito pelo erudito. Tantos outros se viram perdidos entre prêmios e condecorações sem se comunicarem com o grande público.

Outro dia no trabalho uma advogada depois de ler uns dois poemas me disse: "Nossa, eu consigo entender o que você escreve!"

Para comemorar tal feito, segue o poema CANTOR

Meninos
observo
o apoio nos seus olhos...
o silêncio
também me comove...

Abraços, Marco.

BAMBAM

Apesar do título, não há brincadeira, ou melhor, faço como se estivesse brincando, mas é uma brincadeira séria. Aliás, já me disseram que essa característica, fazer as coisas com uma alegria de criança brincando, é que acaba por dar a falsa impressão de o que faço não ter conteúdo.

O que acontece, penso, é que descobri um dom, escrever para mim é muito natural, principalmente poesia, e não sinto dificuldade nenhuma em ficar escrevendo o dia inteiro. Me sinto brincando na hora do recreio.

Como intuitivo, não fico preocupado em explicar muito tudo que faço, e talvez por isso também não sinta nenhum tipo de pressão ou me preocupe muito com opiniões contrárias.

Nessa levada, acabei, para dar maior publicidade aos meus poemas, enveredando para a área musical,e aí mais uma vez descobri que tinha jeito para cantar.
No dia 04/07, data do meu aniversário, fará um ano que comecei a cantar profissionalmente. E como profissional, ensaio, faço natação (para melhorar o fôlego) e preparação vocal com a fonoaudióloga Marriet Pires, que me disse depois de ouvir a música Pedra: "Marco, quem tem dom tem... você canta errado, mas canta bonito!". Respondi rindo: Doutora Marriet, eu demorei 44 anos para cantar assim, respeite meus defeitos!".

Mas, voltando para a poesia, me sinto um menino grande, invento inícios nos engarrafamentos da vida e quando chego ao trabalho anoto as ideias para em casa fazer meus poemas, agora, mais treinado, passo, às vezes uns... dois dias sem escrever (acho que nunca fiquei mais de uma semana a seco). Não preciso de muito tempo faço tudo rápido (punk sistema), sem muita frescura e não gosto de revisar, prefiro jogar fora e começar outro sobre o mesmo tema.

Por isso, digo que brinco de fazer poesia, pois não há sofrimento para fazer. São só os temas e os sentimentos envolvidos que normalmente arrancam lágrimas desse escrevinhador, mas isso como dizia o filósofo Bambam:" Faz parte...".

Abraços, Marco.

ANÃO OU GIGANTE

O que caracteriza um texto como poesia? Alguém aí imagina? Olha, antes de começar a dar meu pitaco quero deixar claro que tudo que escrevo sobre poesia foi aprendido fazendo, não tenho muito saco para análises críticas, apesar de ter um grande diálogo com tia Bel, entendedora do assunto.

Nos concursos, para ser considerado poesia um texto tem que ter no máximo 30 linhas. Então, combinando isso à minha opinião, acho que poema é todo texto que tenha 30 linhas e se utilize de rimas e metáforas para passar uma mensagem. Não obstante vários grandes poetas terem lançados um poema que era um livro inteiro como muitíssimo mais do que 30 linhas.

Poesia para mim é a dos outros poetas, meu textos sempre serão poemas, pois são expansões da crua realidade, mas, como disse Gullar, realidade recriada por mim, que com isso melhoro e passo de anão-ser humano a gigante-poeta. Como ser humano tenho todos os defeitos, vícios redibitórios, de procedência, mas como poeta posso ser quem ou o que quiser e é essa a motivação da brincadeira (no próximo post falarei mais sobre a brincadeira de ser poeta).

Aí, outro dia li um poeta, fazendo-se de crítico, dizendo que os poemas do livro tal não eram poemas porque não tinham metáforas. E a poesia se caracteriza pelas metáforas. Ora, caro poeta, se tudo o que eu escrevo tivesse que ter metáfora o que leria minha esposa quando dissesse num poema que a amo?! Talvez, devesse pensar que eu a odeio?! Menos, menos...

Touché!!

Abraços, Marco.

FORMA E CONTEÚDO

Um poema pequeno, mas que fala muito do que é para mim poesia. O AO VENTO explicita a tônica do meu jeito de ser poeta. Vamos a ele e depois continuo comentando.

AO VENTO

Como falo
de sentimentos
palavras
são apenas
letras
jogadas
ao vento


É isso! Para mim a devida importância das palavras está no fato delas me proporcionarem vomitar meus sentimentos. Assim, no meu caso acho até engraçado falar de rimas ricas, entre outras viagens dos críticos, que geralmente não escrevem, ou melhor, não mostram os poemas ou outros textos que escrevem.

No meu caso, palavras são letras combinadas apenas para dar suporte ao aparecimento da emoção, tanto é que nos meus primeiros poemas quase não tinham rimas, mas ouvindo a voz da razão (leitores) passei a me utilizar das rimas, como facilitadoras da transmissão do conteúdo. Não se esqueçam que na boa poesia o conteúdo (mensagem subliminar) sempre ganhará da forma.

Abraços, Marco.

PROGRAMA DO JÔ

Acabei (8:16) de enviar esse poema para o programa do Soares.

AO

, é difícil, mas confesso, sou poeta...
...é...
Eu sei, ninguém está nem aí para isso!
Gostam de mim, porque sou concursado, fiscal do estado do Rio...
Que rio?
É, esse mesmo poluído...
Aliás, todos estamos
E
É por isso que escrevo
Já fiz
seis livros de poesia
Um romance
(ainda manuscrito)
E
lancei
um CD chamado
Coleção de Besouros
Quer saber mais?
Não!
Não falo!
Mas...
Não é por mal...
É
pelo sufoco
dessa vida
que nos afasta
nos irrita
E
também
por ter certeza
que Aurélio
rima com...

mistério...


Abraços, Marco.

sábado, 26 de junho de 2010

MÚSICOS AMIGOS

Amigos, como demoramos a nos dar conta das coisas que estão ao nosso redor! Já perceberam isso?! Comigo aconteceu também e explico.

Como um cara que passou a escrever compulsivamente e que por isso tinha mais de não sei quantos mil poemas não teve a brilhante ideia de transformar alguns em letras de músicas?! , é muita burrice!!!

O pior é a quantidade de músicos que sempre tive ao meu redor sem me dar conta do óbvio. Senão vejamos:

Da infância até uns vinte anos, tive vários conhecidos integrantes de bandas, um inclusive, Carlinhos, quase fez sucesso na época do Brock, nos anos 80. Outro, Luciano, amigo figuraça, tocava tudo e chegamos, de brincadeira, até a fazer um blues...

Depois, já na faculdade, fiquei amigo do Leonel e do Brenno, ambos grande sujeitos e... músicos.

Perto dos meus trinta cheguei a cantar em duas festas com amigos do trabalho. Numa festa na casa do Reitor, grande cara, cantei Stones, só que já estava pra lá de Marrakesh... com o Flávio cantei num happy hour, sem maiores consequências.

Aí, chegando pelos quarenta, acabei indo a um dentista (agora grande camarada!), Leandro, guitarrista dos bons e seu brother que trata de canal é... um grande violonista, chorão. Sou ou não um animal. , estava muito na lata o que deveria ter feito!

Mas, tudo tem seu tempo e agora a onça vai beber água... Abraços, Marco.

PLÁSTICOS ENIGMÁTICOS

Poema que critica a mania que alguns artistas plásticos têm de fazer uma obra, ou instalação, como preferem, tão hermética que só o "brujo" entenderia.

PLÁSTICOS ENIGMÁTICOS

Senhores
artistas
Plásticos
são plásticos
Não nos empulhem
com privadas de cabeça para baixo
Porque pode ser que não entendamos de arte
mas também não pensem que somos idiotas
a Arte Moderna
na opinião desse integrante
do público não entendedor de arte conceitual
deveria se voltar para o tradicional
seria moderna quando voltasse a despertar
uma coisa espetacular para alguns de vocês desconhecida
a antiga sensação de emocionar o espectador
Chocar
Não é emocionar
Propositar o não entendimento
desculpem não dá para aturar
façam algo novo
com qualidade
Não pintura de macaco pré-histórico
Algumas obras
se comparadas às pinturas rupestres
Encheriam de vergonha os neandertais
Por imaginarem-se
mal evoluídos
na andança Darwiniana
Então vamos combinar
pela milházima vez
Não façam dos nossos olhos penicos
Nos tratem com o devido respeito
Tentem aprender com os grandes mestres
A produzir algo que fale às nossas emoções!

Abraços, Marco.

P.S. "El brujo" é o apelido do grande Hermeto Pascoal.

EXCLAMAÇÕES

Antes de trazer à baila o poema do livro Pensamentos em Movimento, que deverá ser o PLÁSTICOS ENIGMÁTICOS, gostaria de realçar uma prática evidente nos poemas dos meus três primeiros livros. Quase todos terminavam com ponto de exclamação! Qual o motivo? Como me disse um amigo, pastor de Igreja Evangélica, eram poemas muito nervosos, ansiosos...tinham um tom agressivo. Concordo com isso! E por um bom tempo não sabia o motivo. Agora ficou óbvio, aqueles poemas terminavam com ponto de exclamação porque eram ditos como se fossem um grito de libertação. Grito de um cara que aos 42 anos não sabia que tinha dom para escrever nada, muito menos poesia -- que requer uma fineza, uma ironia, de espírito difícil de ser identificada num homem que naquele momento mais parecia um garoto birrento, raivoso com o mundo.

Ironia das ironias, a ingenuidade de continuar me assustando com coisas que para os "amadurecidos"(os que endureceram?) passaram a ser normais me levou a ter alguma peculiaridade ao escrever.

No próximo bloco vou direto ao assunto e postarei o PLÁSTICOS ENIGMÁTICOS.

Abraços, Marco.

IDADE INTENSA

Idade Intensa é o poema que dá a ideia do Livro IntensaIdade e é auto-explicativo. A ele:

Idade Intensa é beber sem dirigir
É tragar sem fumar
É ser louco sem se drogar
É respeitar para discordar
É tatuar sem se perdoar
É gozar sem trepar
É falar sem pensar
É escrever sem ler
É opinar sem entender
É acabar sem começar
É dar as mãos aos que não necessitam
É necessitar sem mendigar
É se desesperar sem precisar
É entender sem compreender
É enfilhar com camisinha
É amar com paixão
É se emocionar com tesão
É casar com padrão
É rezar com perdão
É atuar com facão
É menstruar com barrigão
É lutar contra humilhação
É viver a vida sem se importar
sem sacanear
Sem se esquecer
de quem é você!

Abraços, Marco.

DECLAMADOR DE SONHOS

Do Declamador de Sonhos separei um poema que explica o porquê dos poetas não saberem declamar suas criações. Tive a oportunidade de ver, em programas de TV, Drummond, João Cabral de Mello Neto, Ferreira Gullar e todos declamavam muito mal. Cabral inclusive dizia que não gostava de declamadores, ele gostava de ouvir seus poemas sendo lidos.


Então, sem maiores delongas, com vocês. DECLAMADOR

O poeta declamando seus poemas
não consegue ser tão intenso
quanto um ator declamando-os
Por um óbvio motivo
ele declama
novamente
a sua dor
E talvez
seja a terceira ou décima vez
que faça isso
pois quando cria
sente a dor
de retirar de si
quando corrige
sente outra vez
o incômodo de avistá-la
E assim
até que alguém
pede
para que ele declame
o poema terminado
mais uma vez
ele volta
reticente
a sentir a dor
e meio que dormente
lê a poesia
sem que entendam
não poder se abrir
e encaminhar as palavras
com a intensidade precisa
pois
renova a dor
sentida
e sente e sente e sente
até pedir que se ausente
para novamente
poder chorar!

Abraços, Marco.

NOVOS LIVROS

Estou na maior sinuca de bico e explico: tenho três livros prontos esperando lançamento e não sei como nem quando isso se realizará. Por quê? Porque estou fazendo shows com banda e para tanto preciso de tempo para ensaiar e aí terei que parar para preparar o lançamento dos novos rebentos!

É, ninguém sabe o trabalho que dá ser artista, todo mundo pensa logo em ex-BBB... Loucura total! Quando explico aos amigos mais chegados que artista é aquele que dá valor a um trabalho artístico desejando mostrar seus conceitos e modo de encarar a vida... é um susto só. A maioria diz, é mesmo eu não tinha pensado nisso! Sim, caro ouvinte! Artista é o sujeito que se expressa com um trabalho, seja poema, música, pintura, que explicitará o que é que a figura tem como elementos fundamentais, não existe quem escreva, por exemplo, e consiga, como já ouvi, não ser extremamente pessoal. Até porque quanto mais impessoal menos despertará o leitor para o seu texto.

Bom, nas próximas postagens vou mostrar um poema de cada novo livro e comentarei algo, abraços. Marco.

LIVROS (2)

Mostrarei um poema de cada um dos meus primeiros livros. Aqui e agora só dois, pois o Frederico já foi postado anteriormente.

Do Oculto separei NAVEGAÇÃO e do PRÓPRIO AMOR o poema de mesmo nome. Vamos lá!


NAVEGAÇÃO

Marco
de tinta
No rio
Calmo
Plácido
dos seus sonhos
Navego
com meu barco
pelas bordas das folhas
com medo de sair
dos limites a nós
impostos
pela vida!

PRÓPRIO AMOR

Como diminuir
o amor
que sinto
por mim
Próprio amor
Apenas por mim sentido
Encarregado de me levar a algum lugar
um lugar
que não sei
nunca saberei
Aonde vai dar
Sujeito estou
a morrer de próprio amor?
Desígnios de algo maior
Com o qual não sei lidar
Amar
Lutar (adiantará?)
Comandam
meu amor-próprio
me ajude
a navegar
sem adernar
sem me sufocar
em meu próprio querer
Querer-te a ti
como quero a mim
É a parte mais difícil
Deslembrar
da minha história
pode parecer bonito
mas é mentiroso
Deslumbrar-me
com a sua história é mentiroso
mas parece bonito
esmiuço
meus sentimentos sobre nós
e não encontro resposta
Então, pergunto-te
Como teu amor-próprio
Conviverá com meu próprio amor?

Abraços, Marco.

LIVROS (1)

Meus três primeiros livros de poesias se chamavam: Dentro de Mim, Oculto e Próprio Amor (à venda na Livraria da Travessa). Os poemas constantes desses livros foram feitos praticamente na ordem cronológica em que foram apresentados nos livros, nada foi pensado. Uma espontaneidade assustadora agora que já tratei de sistematizar a coisa toda.

Quando digo sistematizar não quero dizer que tenha passado a produzir poesia pensada, não, não é nada disso! Continuo produzindo muito, de modo totalmente espontâneo. Mas, não posso negar que depois que descobri que pensando num nome para um original de um livro ficava mais fácil passar a escrevê-lo, foi assim que passei a me comportar.

Tanto é que os próximos a serem lançados: Declamador de Sonhos, IntensaIdade e Pensamentos em Movimento (que deu nome a esse blog), já foram feitos dessa maneira. Primeiro escolhi o nome depois fiz um poema-prefácio e só então soltei os bichos na escrita de vários, grande parte sobreviventes e que formam o conteúdo dos livros.

No próximo bloco mostro alguns poemas desses livros, abraços, Marco.

GRAVAÇÃO DO CD (2)

...continuando a história da gravação do CD "Coleção de Besouros".

Voltei, dez dias depois da primeira conversa, com dez composições, sete delas foram aproveitadas. Porém, quando vi que o negócio ia ser muito sério, recorri a um professor de violão que, apesar de relutar um pouco, acabou virando meu parceiro, seu nome: Tom Marques (nada melhor para um cara metido a Vinícius estar perto de um Tom...).

Com o Tom fiz mais sete músicas! De todas as opiniões, me parece que as duas preferidas do CD são: Pedra, que fiz sozinho, e À Cecília, que fiz com o Tom. Amigo, estamos empatados!

Seguem abaixo os dois poemas que deram origem a essas músicas.

PEDRA

Não sou feito de pedra
Sou humano
um simples homem
Em mim a sonolência medra
me cerco (circo)
de palhaços
para acharem que sou o domador
quando sou fera
pedra de sonhador

Não sou feito de pedra
em mim
A sonolência medra
Sonâmbula mirada
do menino
sigo o meu destino

À CECÍLIA

O resto de mato
da minha framboesa vida
Não me impossibilita
de querer
ter hálito de margaridas
hábito de esconder
minha tristeza em
canteiros inteiros
flores parecidas
repletas esquecidas
(de morte)
Reza forte
minha permitirá
te embalar
em flores
antes da despedida
minha sorte
me permitirá
continuar
moço antes da despedida
O cheiro de mato na minha framboesa vida...

Abraços, Marco.

GRAVAÇÃO DO CD (1)

Abaixo transcreverei um poema que virou música de mesmo nome no CD "Coleção de Besouros" -- em breve terei o myspace e vocês poderão ouvir as músicas.

Mas, o que queria contar é sobre o processo de gravação do CD. Até então, dia 27/04/2009, nunca havia pensando em cantar profissionalmente.

Na chegada ao estúdio, um pequeno home studio, vendo os instrumentos pendurados, decidi gravar um CD, não de poemas declamados, como todos pensavam, mas um CD de músicas... minhas (o detalhe é que também não tinha nenhuma composição). Na conversa com o produtor fiquei de voltar duas semanas depois com algumas músicas.... (essa história termino numa próxima postagem).

COMPLEXA VAZÃO

Teço no verso
o diverso sentimento da razão
Peço enquanto rezo
Continuar sentindo sua mão
No meu rosto
em torno de mim
Sua vida ferindo meu sentir!
Enquanto beija minha face
Sinto um arremedo de paixão
Complexa Vazão
indigesta sensação
de que nada nem ninguém
me pertence
(a mim)!

Abraços, Marco.

LIDERANÇA

Liderança foi o primeiro poema que teve repercussão com os amigos. Na verdade, mais precisamente com um senhor de 68 anos, culto e sacana, que me perguntou donde eu tinha copiado. Surpreso, respondi que havia feito o poema inspirado no livro "O Monge e o Executivo" que acabara de ler.

Com vocês, Liderança:

Pensamentos
Ações
Hábito
Caráter
Destino.
O aluno lê e não entende
O mestre então explicou:
"Os bons pensamentos
levam à prática de ações positivas
que criam hábitos sadios
formadores do caráter,
cuja influência é decisiva no nosso destino".
O destino de uma pessoa é influenciado pelo seu caráter.
sem caráter
destino desértico
Sem amigos
Sem amor
Sem qualquer pensamento
Importante
ressaltar
A verdade
Dar destino
a outras vidas
só acontece se somos líderes
da nossa própria vida
Quem presta
Ajuda
Influencia a vida alheia
Nossos atos
de bondade e compaixão
Aproximam os demais
por imitação
Ajudando-nos
a caminhar
Com a alegria
do dever cumprido
ao destino final.

Abraços, Marco.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

FREDERICO

Frederico foi meu primeiro poema, escrito no dia 05/05/2008, depois dele escrevi em um mês uns vinte poemas e enviei para o meu E-mail dizendo achar que em pouco tempo teria uns cinquenta poemas... Bom, seis meses depois disso já tinha feito mais de mil poemas... Mergulhei nas folhas digitais do meu computador e em dois anos lancei seis livros de poesias (3 em 2008 e 3 a serem lançados ainda esse ano), fiz um Cd chamado Coleção de Besouros e estou fazendo shows com banda... Ufa!

Ladies and Gentlemen, com vocês: Frederico!

Depois que você partiu
Difícil foi prosseguir
mas continuar é preciso
como é preciso amar
como é preciso ensinar uma criança a andar, falar, comer...
como é preciso aprender a caminhar
Sem rumo e sem vontade.
Só.
Depois que você partiu
Difícil foi prosseguir
Nada se mostrava
Interessante era
Pensar em você aqui
Junto aos seus
Que sempre te quiseram --
querem por perto,
Apesar de quase sempre
Negar a palavra
do afeto
Esquecida.
Lágrimas vertidas
Enxugadas em sangue e suor.
Sem você
tudo mudou
todos estamos
condenados a esperar
pelo enlace final
que a seu tempo chegará
Então aprenderemos
juntos
A amar, caminhar, navegar...
Com prumo e com coragem
Rumo a você.


Abraços, Marco.

MEIO ANO

Amigos,

Depois de meio ano de poesia virtual, com o projeto chamado "365 dias com poesia", resolvi criar esse blog, adotando a ideia de meu amigo e empresário Fábio Dargam. Aqui, mais do que postar os poemas diariamente farei comentários sobre os mesmos, ampliando meu raio de ação com a participação de vocês.

Espero que gostem!

P.S. Fábio me ajuda na implementação da minha carreira musical. Em breve adicionarei um vídeo-clipe.

Abraços, Marco Plácido.