Mudando de assunto, mais ainda na poesia (sim aqui os assuntos serão, em princípio, música e poesia), falarei sobre meu encontro com o mestre Gullar.
Fiquei sabendo que num sábado de abril do ano passado haveria um encontro dele com poetas da APPERJ (Associação dos poetas profissionais do Rio) numa livraria no Centro do Rio. Saí de casa todo animado crente que não teria lugar para me acomodar, uma vez que estava muito atrasado. Lá chegando fiquei puto quando vi trinta gatos pingados cercando o coitado do poeta que tinha que inventar respostas criativas para perguntas óbvias.
Diante de tal absurdo -- o maior poeta vivo, junto com Manoel de Barros e Thiago de Mello, tendo audiência tão pequena! -- decidi nunca resvalar nessa situação (pretensioso?) preferiria me divertir na música, como o mestre Vinícius (o Brasil é um país engraçado os críticos esperam o cara envelhecer para condecorá-lo?!).
Aos oitenta não quero medalha no peito, talvez por isso Drummond tenha se negado a pertencer à Academia Brasileira de Letras!
P.S. Esqueci de dizer que fiz uma pergunta ao mestre que não foi entendida, por nervosismo meu, e ficou tudo por isso mesmo.
Abraços, Marco.
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