Voltando aos poemas do projeto "365 dias com poesia", no mês de junho, dois me chamaram muita atenção. O OCEANOS, porque já virou música (aumentei o poema), ainda não gravada, parceria com Sérgio Suzano. E o SOLIDÃO, um dos poemas que inauguraram um jeito bem ansioso de narrativa.
Vamos a eles:
OCEANOS
...quantos oceanos...
Quanto de oceano
separa nosso desengano
Quanto de oceano
Trago
em mim
Humano?
Quantos oceanos...
nos separam de um eu te amo?
SOLIDÃO
...falam de solidão...
Sabem o que isso significa?
O cravo sem a rosa é solitário como a gaveta sem a foto do namorado a pétala sendo pisada o talo sem seu formato ex-cravo as unhas dos pés sem corte sentem falta da mão da filha que todo dia conferia o tamanho da encrenca as ondas sem a areia da praia que sem você exala um cheiro sem sabor o bolso do paletó sem a moeda que compraria um saco de pipoca para a vizinha única filha de uma família amiga que acabou o vento batendo no meu peito num porto distante...isso é solidão!
Abraços, Marco.
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