Em março, dois foram destaques. O VERÃO, por seu alto grau de ironia e o FAGULHA é um dos poucos poemas ecológicos.
VERÃO
Falo de mim
ou de nós?
Falo...
e minha voz machuca
(já me disseram)
Minha voz catuca
a manca e surda
existência dos
sem primavera...
Cultivando nosso inverno
Colheremos outonos
Vocês verão
FAGULHA
Entre pedras
da batida
Nasce a faísca
da faísca
o mato seco dá a luz ao fogo
A fogueira queima o todo de mata
A fogueira mata
A mata não respira
O ar não se espalha
Esquecendo da fagulha
que nua
Não aquece as pedras
Desse poema
Abraços, Marco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário