sexta-feira, 28 de abril de 2017

Exposição Individual Virtual QUASE MU(n)DO -- Marco Plácido -- Quadro: Raízes

Raízes
raízes...
onde estão nossas raízes?
em nossos olhos de atores?
nos olhos fixos de atrizes?
onde estamos quando sofremos?
dentro, tristes?
fora, tristes?
acompanhados, tristes?
solitários, tristes?
como árvores só crescemos se sofrermos com a luz do sol
nelas nós
em nós cicatrizes

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Exposição Individual Virtual QUASE MU(n)DO -- Marco Plácido -- Quadro: Emília

Emília
Feia figura?
Velha imagem?
Emília?
Nunca
Boneca da verdade colorida
O roxo e o vermelho espantam
Sombras não existem
(na vida já há uma plantação delas)
Queria quero quererei
Pintar de cores fortes como não somos
Sonhos pintados são menos pesados
Menos tristonhos
Servem para acalentar uma antiga cantiga de roda

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Exposição Individual Virtual QUASE MU(n)DO -- Marco Plácido -- Quadro: Caminho para o amarelo

Caminho para o amarelo
Nesse quadro amarelo
Têm rios amarelos de ouro de estouro do óbvio esforço do pintador
Esse quadro 
Caminho para o amarelo na verdade é um elo com o que penso
Sério ele representa algo algas em meu pensamento talvez em algum momento
A falta de esperança
A falta de amor
O excesso de confiança?
Quem sabe uma dança de criança que ainda não pintava enquanto dançava...
Talvez não forme uma imagem porque talvez ainda não exista uma mínima imagem que queira ser pintada e aí vem a pergunta que não quer calar:
Por que o artista insiste em se comunicar?
(não tente acabar com minha angústia pois ela é o combustível míssil de que preciso para fazer algo:AMARELO!)

sábado, 8 de abril de 2017

Exposição Individual Virtual QUASE MU(n)DO -- Marco Plácido -- Quadro: Sem título

Janela colorida
Embaixo dessa janela deve haver vida
Não interessa se colorida ou cinza
Algumas 
Partes pintadas foram esquecidas
E se foram esquecidas é porque magoaram as mãos do poeta
Pintador cujas tintas não escondem as desilusões mais coloridas...
(Pintador porque pinto a dor explícita em meus olhos de fado
O carnaval já passou mas as verdades ainda me magoam pelo fato
De mostrarem para mim não quem sou mas como me enxergam
Aqueles que na maioria das vezes não se enxergam
Engraçado como a opinião alheia nos paralisa nos escanteia
Quebrando esse encanto vemos o quanto de tempo perdemos
Para cagando de medo nos encontrarmos com nós mesmos)