domingo, 6 de dezembro de 2015

Nicanor Parra -- Plácido, poema traduzido: O ÚLTIMO BRINDE

(42) ÚLTIMO BRINDIS (27)

Lo queramos o no
Sólo tenemos tres alternativas:
El ayer, el presente y el mañana.

Y ni siquiera tres
Porque como dice el filósofo
El ayer es ayer
Nos pertenece sólo en el recuerdo:
A la rosa que ya se deshojó
No se le puede sacar otro pétalo.

Las cartas por jugar
Son solamente dos:
El presente y el día de mañana.

Y ni siquiera dos Porque es un hecho bien establecido
Que el presente no existe
Sino en la medida en que se hace pasado
Y ya pasó...,
                   como la juventud.


En resumidas cuentas
Sólo nos va quedando el mañana:
Yo levanto mi copa
Por ese día que no llega nunca
Pero que es lo único
De lo que realmente disponemos.

Canciones rusas -- 1967.

O ÚLTIMO BRINDE

 

Querendo ou não

Só temos três alternativas:

O ontem, o hoje e o amanhã.

 

E nem sequer três

Como disse o filósofo

O ontem foi ontem

Nos pertence só na recordação:

Da rosa que já se desfolhou

Não se pode tirar mais nenhuma pétala.

 

As cartas por jogar

São somente duas:

O presente e o dia de amanhã.

 

E nem sequer dois Porque é um fato bem conhecido

Que o presente não existe

Senão na medida em que se fez passado

E já passou...

                        como a juventude.

 

Em resumo quantas

Vezes nos caem as manhãs:

Eu brindo com minha taça

A este dia que nunca chega

Por ser único


O único de que realmente dispomos.

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