sábado, 5 de dezembro de 2015

Nicanor Parra -- Plácido, poema traduzido: MOAIS

(17) MOAIS (32)

 


No se sabe muy bien si son espíritus
O si son monumentos funerarios
Los más pequeños tienen cuatro metros
Los más grandes alcanzan la docena
Estos últimos vense recostados.

No se sabe muy bien si son de piedra
Esas enormes ráfagas de piedra
Esos antepasados respetables.
Desde lejos parecen de cartón.
El carbono catorze lo dirá.

Ojalá que jamás se determine
Lo que son esas rocas misteriosas.

Versos de salón -- 1962.

MOAIS

 

Não se sabe muito bem se são espíritos

Ou se são monumentos funerários

Os menores têm quatro metros

Os maiores alcançam doze

Estes últimos veem-se deitados.

 

Não se sabe muito bem se são de pedra

Essas enormes rajadas de pedra

Esses antepassados respeitáveis

De longe parecem de papelão

O carbono quatorze o dirá.

 

Oxalá jamais se determine

O que são essas rochas misteriosas.

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