quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Cèzanne -- Plácido, poema: exposição

exposição

Num quadro não há cor
Há dor dolorida de desejos
Cuspe de beijos partidos
Curvas partidas retas suprimidas
Brancos sujos
Vermelhos sangue com pingos de azul
Roxos hematomas tomates amarelos pimentões verdes
Florestas invisíveis
Num quadro abstrato há raro cheiro de vida
Síntese de estados alterados d’alma

Vários arrependimentos espremidos disfarçados visíveis aos olhos de quem também já se arrependeu de deixar de viver e ainda quer fazer algo que não seja esperar

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