domingo, 3 de janeiro de 2016

Salette Tavares -- TELEGRAFIA SEM FIM, POETAS PORTUGUESES 2016

Onde o sonho do profundo se adormece
e as flores do enquanto me seduzem
neste vento que me paira e acontece,
o tempo do cansaço me escurece
e das estrelas instantes se conduzem
geométricas e finas linhas frias
cadentes de sonhadas geografias.
Ó meu cantar além dentro de mim
ó meu saber nos dedos o que vejo,
eu sei traçar a navegação do fim
no sempre que se aquece para quem
se cria e se inventa de desejo.

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