terça-feira, 5 de janeiro de 2016

João Miguel Fernandes Jorge -- Sem título, POETAS PORTUGUESES 2016

No verão é terrível o meu riso,
quando o lugar da flor e o lugar
do fruto coincidem, isto é, possibil
idade de árvores. Repara.

Quando o sol surgir em maio, da
coragem restam olhos infatigáveis,
o assalto dos ventos,
um estranho muito claro.

Acredita. A sombra da verdade
está nos meus lábios, como limão
de ouro ou sangue construindo
a harmonia, árido verão.

Como conhecemos esta terra.
Sombra paciente. Insólito país.

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