Sabemos que são sombras quanto amamos.
Sombras de estradas, de rios e planetas.
E até as sombras que nos vêm nos ramos
sombras também, embora mais discretas.
E a sombra da mulher de que gostamos
é a sombra ainda, como a das valetas
em que de si e de nós a desnudamos,
cobrindo-nos de sombra e de violetas.
mas a ternura com que amamos esta
teoria de sombras assombrosa,
sendo sombra também, aviva a festa
em torno de outras entre as quais repousa,
fresca fruta, sentada ao pé da cesta,
a sombra da mulher que aspira a rosa.
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