SONETO A UMA FOTOGRAFIA DO MAR Lêdo Ivo
O
oceano suplica eternamente
novas
ilhas que o vejam nas alturas
onde o
olhar temerário se apresente
como a
luz que ilumina terras puras.
E eu
que nada te dei, ó mar, a quilha
de
minha alma encaminho aos teus países
para
que tuas águas banhem a ilha
dos
meus sonhos maiores e felizes.
Palácio
n’água, como o eterno agora,
ela me
espelhará nas ondas mundas
e o
século será menos que a hora
em teu
cenário de horas tão profundas.
Ó mar enfeitiçado, dá à minha alma
o que só tens nas verdes ilhas: calma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário