segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

António Barahona da Fonseca -- REMINISCÊNCIA DE RAINER MARIA RILKE, POETAS PORTUGUESES 2016

O Gênio é monótono e monástico
Demoníaco santo   eis o homem
O tal que os deuses amam morre jovem
Maduro fim d'Outono azedo drástico


Múltiplo-primavera fantasmático
Adolescente azul ou lobisomem
por amor do amado os deuses põem
Quatro estações no caos isoexótico

Bem-vindo o sofrimento distraído
Que exprime a vida curta que convido
Ao jogo a jardinar enquanto cismo

Podando rosas brancas d'ora avante
à luz do olhar do Anjo faiscante
A tesoura a pairar no vasto abismo

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