Por entre casas caiadas
de luar e de silêncio,
paira no meio da estrada
a poeira de outros tempos...
por entre casas caiadas,
mas com desgraça por dentro
(ó varandas enfeitadas
com trepadeiras de vento!),
algumas desmanteladas,
de apodrecidas empenas
(todavia nos telhados
antenas e cataventos...),
por entre casas caiadas,
por entre casas (Silêncio,
que ronda o medo na estrada
em automóveis cinzentos!)
há jorros de luz salgada,
há torrentes de veneno...
E dentro daquelas casas
quando foi que nós morremos?
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