Procuro a minha voz e não a encontro.
Procuro o meu silêncio e não o tenho.
Ao desencontro vem o desencontro,
do maior ao menor é o meu tamanho.
No alto das esferas rolam as esferas,
ermo adormecido, doida escuridão.
Procuro ali a voz e não a encontro.
procuro o meu silêncio e não mo dão.
A espaços vi tão perto o meu querer,
a dúvida desfeita, puro abraço,
que logo pensei eu que a voz viesse
ou chegasse o silêncio ao meu cansaço.
Mas não. No grande desencanto (e frio)
em que na rua, gasto, me detenho,
procuro a minha voz e não a encontro,
procuro o meu silêncio e não o tenho.
Nenhum comentário:
Postar um comentário