10 janvier 1938
laisse au printemps arrivant à pas de loup le soin de beurrer
L’amour qui suinte de ses yeux autour du froid glacial qui perle
sur le dos du soleil tenu suspendu par ses quatre coins cloués aux gros
madriers soutenant le ciel qui laisse tomber son poing sur la cassette que
grillant sa lumière sur le feu doux du pan d’étoffe trempant dans l’urine des
roses couvrant le mur mitoyen du parfum de leurs excréments tricote la ronce du
fil à plomb de l’arc en pierre déchirant en lambeaux le corps nu de la fille
étendue à sécher sous le drap mauve de son image accroché au fanion attaché au
bout du mât de cocagne du mordoré de sa gorge dessinant minutieusement sur
l’ombre de l’arôme de l’arbre couvert de poux déchirant son comique enveloppe
de cris d’angoisse coupant la corde raide du masque en cristal de roche rongé
par les piqûres des camions fixant dessus la ruche coeur calanque colline fiche
mesure odeur fleuve entourant en spirale le mot dort la fleche de la lampe
glissant sur le papier le traversant allègre
deixe a primavera chegar na ponta
dos pés cuidado de amanteigar o amor que
pinga de seus olhos próximos ao
frio glacial que orvalha sobre o dorso do sol seguro suspendido por suas quatro
pontas amarradas nas grossas tábuas que sustentam o céu que pousa seus punhos
sobre o cofre seca sua luz sobre a feiúra doce da fralda abafada mergulhada na
urina de rosas que cobrem a meia parede do perfume de seus excrementos que
avançam no espinho do fio de prumo do arco de pedra que dilacera em farrapos o
corpo nu da filha secando sob o lençol malva de sua imagem pendurado no
estandarte amarrado na ponta do pau de sebo vômito de sua garganta desenhando
minuciosamente sombras com aroma de árvores cobertas de piolhos cobrindo-se em
lacerantes gritos de angústia que cortam a corda transformam a cara num cristal
de rocha que se corrói nas picadas dos alfinetes fixados debaixo da colméia
coração enseada colina estaca limite odor curso de rio rodando em espiral a
palavra dormindo flecha na luz bruxuleante sobre o papel atravessado e feliz
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