8-9
novembre 1944
sur les
arbustes d’encre du berre frais des dentelles des éventails ouverts en comblées
divinités éparses le cristal incandescent qui chante à tire-d’aile sur la cire
d’abeile du rosier cueille à fines et souples cuillerées les aériens châteaux
de cartes des parfumés orféons de plumes huilant la route les miraculeux
festons d’arc-en-ciel des jarres pleines de lait buvant à grands cris le bleu
azuréal sautant à pieds joints sur les tropiques du miroir pendu corps et biens
à la fenêtre
sobre os arbustos de tinta de manteiga fresca
leques de renda mostram satisfeitas divindades dispersas no cristal
incandescente que canta na asa (sobre o mel) d’abelha na roseira colhendo fins
colhendo aéreos castelos de cartas perfumados libretos orfeônicos de plumas
untam a rota qual miraculosos moluscos de arco-íris jarros cheios de leite
bebido gritam o azul irreal e saltam em pés juntos sobre os trópicos do espelho
onde pendem corpos próprios à janela
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