quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Projeto Plácido e Pablo -- Revisado -- Poema: malva

4 janvier 1940 

l’amer liquide que distille le bleu roi qu’enfarine le carré qui comprime le lait qui trait le vert de la persienne du lilás jeté sur le mur courant autour de la maison se chauffant au soleil sur le pierres bloque son compte et fixe dans quelques mots gentils entendus écossés et habilés de neuf la coupe et la façon du comble de la fidèle ressemblance que duvet et la laine de l’agneau égorgé aux ailes brisée par les coups le fouet de la couleur saupoudrée par le parfum du rose somnambule filant de toute la vitesse de ses doigts le coton de l’acier des armures clouées sur le mauve supportant toute la responsabilité du coup marque et toutes les conséquences qu’aux feux des portes et fenêtres et à l’eau qui l’illumine garde encore sur son dos la trace de ses morsures bien visibles



amargo líquido que destila o azul rei que enfarinha o quadrado comprime o leite que (mal) trata o verde da persiana lilás que pula o muro correndo acorrentado ao redor da casa se aquecendo no sol sobre as pedras que bloqueiam planos e fixam palavras gentis entendidas debulhadas ene(r)vadas com roupas novas que no ápice da fidelidade se assemelham à pena pele de cordeiro degolado asas quebradas por cortes do chicote da cor espalhada pelo perfume da rosa sonâmbula que controla a velocidade das mãos de algodão do aço das armaduras cravadas na malva suportando toda a responsabilidade do golpe que marca e as conseqüências todas que ferem portas e janelas e suportando a água que ilumina e ainda guarda sob suas costas feridas visíveis

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