domingo, 1 de março de 2015

Picasso -- Marco Plácido, poemas

Poemas de Picasso


Picasso Poèmes

Qui sait que Picasso fut également un grand poète?
À l’âge de 55 ans, il se met à écrire “les centaines de poèmes qui dormaient” en lui. Proliférant dans son activité de peintre, il l’est tout autant dans son travail d’écrivain qui comprend plus de quatre cents poèmes et trois pieces de théâtre de 1935 à 1959.

         Peintre consacré mais jeune poete, Picasso utilize les mots avec une extreme liberte aussi bien sur le plan linguistique que plastique et visuel. D’une écriture vive, ses manuscrits souvent brouillons deviennent ailleurs de superbes dessins.

         Première anthologie de sés poèmes em français, ce livre propose une sélection d’une centaine de textes parmi les plus significatifs et les plus beaux et donne les clés de lecture indispensables pour mieux pénétrer dans son univers foisonnant et inventif.

Androula Michael


Poemas de Picasso


Quem sabe que Picasso foi igualmente um grande poeta?
Com 55 anos, ele resolveu escrever ”as centenas de poemas que dormiam” nele. Com força equivalente à sua atividade de pintor, como escritor fez mais de quatrocentos poemas e três peças de teatro, de 1935 a 1959.

         Pintor consagrado mas jovem poeta. Picasso utiliza-se das palavras com extrema liberdade, seu plano lingüístico equivale ao plástico e visual. D’escrita viva, seus manuscritos freqüentemente funcionam como rascunhos de seus espetaculares desenhos.

         Premiada antologia de seus poemas em francês, este livro traz uma seleção de uma centena de textos entre os mais significativos e belos, tornando-se leitura indispensável para aqueles que querem penetrar em seu abundante universo criativo.

Nota do tradutor – O poema tradução, primeiro da série de poemas por mim traduzidos de Picasso, brinca com a de se “traduzir” poesia (entre aspas, porque na verdade há apenas a crença na possibilidade). Como dito acima, se um mesmo autor pretendesse escrever a mesma ideia em dois idiomas se utilizaria de termos, expressões e palavras completamente diferentes para passar aquela ideia pretendida (e talvez não conseguisse passar a mesma ideia).
Para tentar alcançar a ideia-núcleo dum poema, fazendo uma tradução o mais fiel possível, seria necessário, além do conhecimento extremo das duas línguas, um contato entre o poeta vivo e o tradutor (impossível, na maior parte das vezes, pela diferença de época temporal). Além dessa óbvia dificuldade, ainda haveria outra, a maior: a diferença lingüística e gramatical entre os idiomas. Em resumo, traduzir poesia acaba sendo na verdade fazer poesia no idioma do tradutor (Ou, como diz Guilherme de Almeida, no clássico Poetas de França”: não existe tradução o que existe ´re-produção, isto é , nova produção).
Então, apesar de sabedor dessas dificuldades -- e, não obstante as dificuldades, minhas e dos idiomas, mas munido dum ótimo dicionário e muita vontade --, por estar deveras curioso sobre o modo de entender poesia do mestre Pablo Picasso, me arrisquei a “fazer” sua poesia. Os poemas originais não estão juntos das versões a princípio, porque entendi que atrapalhariam a percepção dos poemas em português, mas, junto com as minhas versões, podem ser encontrados no blog PeNsAmEnToS eM mOvImEnTo, para sugestões e aprimoramento da “tradução”.
Muito mais do que querer fazer uma tradução correta quis que os poemas do mestre soassem bonitos em português.
Agradeço a Angélica Plácido, Jorge Plácido e Miriam Estrella, que certamente me ajudaram a cometer menos erros nessa empreitada.


Marco Plácido.

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