Festa
Iam
à festa
Os
meninos estreavam calça e paletó
Sinha
Vitória num vestido vermelho de ramagens remava em sapatos de salto alto
Fabiano
procurava erguer o espinhaço apertado na roupa de pouco tecido de brim branco
Logo
tiraram o que puderam Andariam à tarde toda
À
noite chegaram à festa A multidão apertava mais do que a roupa Mãos e braços
como se fossem agarrá-lo Fabiano, apertado pela tradição, conseguiu chegar à
água benta Sabia que estava ridículo e que todos mangavam dele
(todos
eram ruins) Se encontrasse um conhecido iria abraçá-lo, sorrir, bater palmas Pensando
no soldado amarelo Bebeu cachaça e ficou sem-vergonha
“Quem
tem coragem de dizer que sou feio?”
Cambada
de... (animais, é o que somos?)
Com
o estômago embrulhado pela cachaça adormeceu
Sinha
apertada se escondeu e resolveu suas necessidades
Os
meninos ocupavam-se em descobrir uma enorme quantidade de objetos
(Teriam
nome?
Como
podem os homens guardar tantas palavras?
Livres
dos nomes as coisas ficavam distantes, misteriosas).
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