domingo, 1 de março de 2015

Picasso -- Marco Plácido, poema: respiração

19) 22 mars 1936 (respiração)

miette de pain posée si gentiment par ses doights sur le bord du ciel autant bleu soupirant que le coquillage enchaîne jouer de flûte battant des ailes à chaque goutte fleuril au printemps à l’accroc que fait dans sa robe la fenêtre qui se gonfle et remplit la pièce et l’emporte flottant au vent ses longs cheveux



migalha de pão pousa gentilmente pelos seus dedos sobre a borda do céu tanto quanto suspira o azul mariscos aprisionados tocam flauta batendo asas a cada gota de orvalho florida na primavera fenda que dança no vestido janela que inspira cabelos que expiram o vento

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