O mundo coberto de
penas
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Um bicho de penas matar o gado!
Provavelmente
sinha Vitória não estava regulando.
O
casal agoniado sonhava desgraça: Que fim de mundo! Não permaneceria ali muito
tempo. No silêncio comprido só se ouvia o rumor de asas.
As
arribações bebiam água. Bem. O gado curtia sede e morria
Fabiano
ria encantado com a esperteza de sinha Vitória Uma pessoa como aquela valia
ouro...
Aquela
hora o mulungu do bebedouro, sem falhas e sem flores, enfeitava-se de penas
Fabiano
aquilo quis ver de perto com chapéu, pederneira e espingarda, que usou para
fazer provisão
(Espingarda
que trazia recordações de Baleia...)
Quando
as aves desciam do sertão acabava-se tudo
Que
havia de fazer?
Fugiria
de novo!
Desanimado
sentou-se na cabeceira do riacho e logo lembrou-se de outras coisas ruins: os
juros cobrados e o soldado amarelo...
Devia
tê-lo cortado a facão! Cabra safado mole! Se não fosse tão fraco, teria entrado
no cangaço e feito misérias! Talvez estivesse preso e respeitado, um homem
respeitado! Um homem...
Tornou
a sentar-se na ribanceira a acumular provisão
--
Malditos bichos!
Eles
é que traziam a seca
Seria
necessário mudar-se de novo?
Pestes!
Miseráveis!
Ele,
sinha Vitória e os dois meninos comeriam as arribações
Se
Baleia estivesse viva...coitadinha...matara-a forçado, por causa da moléstia...
Iriam
embora Precisava consultar sinha Vitória, livrar-se das arribações,
explicar-se, convencer-se de que não praticara nenhuma injustiça matando a
cachorra
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