HASHIMOTO TAKAKO (1899
– 1963):
O
tufão passou ---
um
homem perto da morte
a
dormir tranqüilo.
A
mãe e o filho
à
noite, jogando cartas ---
a
raposa uiva.
Sozinha
de todo
ao
segurar os pauzinhos ---
neva
sem parar.
Para
a lua fria
ascende
a grande fogueira,
chama
sobre chama.
Cachos
de glicínia ---
retém
em si a chuva
até
onde podem.
O
mar agitado
e
o carrinho de bebê,
lado
a lado no Verão.
Num
certo lugar
pode
avançar-se no escuro ---
a
pista de dança.
Brilho
de relâmpago ---
com
a luz vinda do norte,
olho
para o norte.
O
forte nevão ---
morro,
sem ter descoberto
outras
mãos que as do marido.
Cabelo
a secar ---
nesta
luz e ao mesmo sol
uma
abelha morre.
Baixando
a cabeça,
odor
do meu próprio hálito
no
campo nevado.
Uma
lua
e
um lago gelado
refletem-se
um ao outro.
Garça
baleada!
Como
flores a esvoaçar
as
penas caindo.
Comido
o lagarto,
cuidadosamente
o gato
lambe
o próprio corpo.
Num
dia de neve,
meu
corpo no banho --- amo tudo,
da
cabeça aos pés.
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