Se
vês um monte de espumas,
é
o meu verso que vês:
meu
verso é um monte e é
igual
a um leque de plumas.
Meu
verso é como um punhal
que
lança flor pelo punho:
meu
verso é como um repuxo
de
água cor de coral.
Meu
verso é de um verde claro
e
de um carmim acendido:
meu
verso é cervo ferido
que
busca no monte amparo.
Meu
verso ao valente agrada,
meu
verso belo e leal:
tem
o vigor do metal
com
que se forja a espada.
A
gente pobre da terra
quero
o meu verso ofertar:
o
fio d’água da serra
me
comove mais que o mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário