YOSHINO YOSHIKO (1915)
Embora
já morto,
o
crisântemo não cai ---
que
imagem pungente!
Com
a mãe doente
as
crianças já não brigam ---
seu
jantar é frio.
Gelo
pouco espesso
e,
sob ele, armadilhado
um
brilho do poente.
Grandes
girassóis
a
cercar a grande casa
da
grande família.
Montanhas
nevadas,
grandes
vagas --- e entre elas
um
longo comboio.
Como
quem remenda
meias,
remendo a mente
e
prossigo a vida.
Luar
em noite nublada ---
um
rio, murmurando em japonês,
faz-me
sentir em casa.
Como
quem flutua
num
ventre, banho-me em paz ---
manhã
de ano novo.
A
planta de bambu
desembainhando
a vagem
diante
de mulheres.
O
som da pilha de pratos
a
tinir uns contra os outros ---
noite
de Outono.
No
campo nevado
para
sempre paralelos,
trilhos
de carroça.
Como
uma mulher
que
desmaia, o lótus branco
caiu
por inteiro.
No
cimo do monte,
alguém
pregando uma estaca
acorda
a paisagem.
Numa
velha árvore,
qual
criança abandonada,
um
rebento em flor.
Como
aterroriza!
cada
máscara no drama
tem
a boca aberta.
Na
água quieta,
a
olhar a própria imagem ---
um
ganso perdido.
A
luz do luar
concentrada
na cratera ---
neve
no Monje Fuji.
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