UDA KIYOKO (1935)
Sinto-me
tão só
enquanto
escrevo o meu nome ---
quente
madrugada.
Trutas
de viveiro ---
quer
em vida quer na morte,
os
corpos torcidos.
Açafrão
em flor ---
assassinaram
um homem
no
filme que vi ontem.
Uma
sucata de ferro ---
certamente
que as pessoas
vão
deixar de olhar.
Aperto
nos braços
a
alma, os seios e tudo o mais
ao
chegar Outono.
Felizmente
que
a
cremação acabou
antes
do meio-dia.
Pirilampo
morto ---
luminosamente
claro
todo
o céu noturno.
Ainda
com vida,
a
libelinha a secar
sobre
um rochedo.
Aves,
ramos, pedras
todos
vestidos de branco ---
tempo
de partir?
Metade
do corpo
num
sonho; a outra metade
dentro
da neve.
Os
rostos sem máscara
transformam-se
em mascarados
ao
redor do fogo.
Os
crisântemos ---
nem
brancos nem amarelos
num
escuro total.
O
branco do cisne,
não
é tão imaculado.
Sobre
ou sob as folhas
cada
caracol fará
a
própria vontade.
As
sanguessugas do monte
também
têm o que dizer ---
vamos
escutar.
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