KURODA MOMOKO (1918):
A
luz do relâmpago
mergulhada
em verde névoa,
longe,
além do campo.
O
branco alho-poró
transforma-se
em raio de luz
ao
ser golpeado.
Este
som das ondas ---
desenhando-as,
faço parte
da
cena de Inverno.
Cozinho
uma truta ---
nesta
casa solitária
a
noite tem cheiro.
Não
tem mais espaço
este
diário de mentiras
para
escrever tudo.
Ao
passar se cruzam ---
um
homem, um cão, um trenó
levando
um caixão.
Na
palma da mão,
um
pirilampo azulado
a
cheirar a água.
Luz
por entre as folhas ---
de
um súbito gigantesca,
uma
formiga do monte.
Sobre
cada ponte,
a
voz da escuridão ---
zumbido
de insetos.
Sopa
de fugu ---
pregado
à parede um grande,
grande
John Lennon.
Sol
do Ano Novo
mergulhado
por inteiro
no
Rio Ganges.
Nuvens
carregadas ---
no
pátio do meu vizinho,
uma
peônia branca.
Sussurrando
à rosa
alguma
coisa em segredo,
ela
corta a rosa.
Andorinhas
negras
no
bosque; em cada cauda
diferente
espigão.
Céu
enevoado ---
o
esplendor da peônia
a
transbordar do vaso.
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