quinta-feira, 2 de abril de 2015

Plácido -- Picasso: poema ballet de moscas

ballet de moscas

Versão livre dum poema de setembro de 1936 de Pablo Picasso

se o comovente presente do copo quebra seu olhar não soa a hora do relógio que perfuma o azul se do amor de seu suspirante robe que envolve o sol pode a qualquer momento estourar na sua mão religiosa roedora de hóstia se da curva que agita a canção pende a ponta do anzol enrolado e mordido coração a navalha encanta e colore e faz florescer o mar grita sua tristeza dentro do corte do soco da língua de seu olhar vivo guisado trágico ballet de moscas cortina de chamas que apontam o fim da janela


Poema original no blog PeNsAmEnToS eM mOvImEnTo

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