ballet
de moscas
Versão livre dum poema de setembro de 1936 de
Pablo Picasso
se o comovente presente do copo quebra seu
olhar não soa a hora do relógio que perfuma o azul se do amor de seu suspirante
robe que envolve o sol pode a qualquer momento estourar na sua mão religiosa
roedora de hóstia se da curva que agita a canção pende a ponta do anzol
enrolado e mordido coração a navalha encanta e colore e faz florescer o mar
grita sua tristeza dentro do corte do soco da língua de seu olhar vivo guisado
trágico ballet de moscas cortina de chamas que apontam o fim da janela
Poema
original no blog PeNsAmEnToS eM mOvImEnTo
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