lá fora chove a chuva dos desesperados
aqui dentro chove a chuva da espera
irritada espera
pero quero muito me desesperar
comer a pêra da paciência
me inibe
me apazigua tanto
que posso parar de querer falar
de tudo que me sensibiliza
sendo assim gosto do gosto de terra molhada que a chuva me dá
gosto dos desgostos
pois com eles
nunca pararei de rimar
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