A palavra, paloma insubmissa,
debaixo da asa do corvo se esconde
e mesmo assim se eleva e chega até onde
sequer a sombra de Deus se divisa.
A palavra, que o homem improvisa,
e o silêncio, seu pálido servo,
na distância se extraviam -- o corvo
fica sozinho, sem deus nem paloma,
e seu voo de séculos assombra,
verbigracia pela raça do verbo.
Tradução: Thiago de Mello.
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