I.
Pela água apareceram
os homens de carne azul,
que arrastavam sua barba
e não dormiam
para conservar o couro.
Negociantes de cruzes
e aguardente
começaram as cidades
com um templo.
II.
Durante este verão de 1526,
derrubou-se a chuva
sobre seus diários deveres e cabeças,
quando nenhum havia remendado
as velhas armaduras oxidadas.
Cresceram, também, negras figueiras
entre bancos e altares.
Nos telhados
uns beija-flores fechavam o bico
das campanas.
Depois, no Peru, ninguém foi dono
de mover seus sapatos pela casa
sem pisar nos mortos
nem deitar-se junto às cadeiras brancas
ou pântanos,
sem compartir o leito com alguns
parentes cancerosos.
Cagados pelas aranhas e escorpiões
poucos sobreviveram a seus cavalos.
Tradução: Thiago de Mello.
Nenhum comentário:
Postar um comentário