sexta-feira, 10 de julho de 2015

365 dias com poesia, 10 de julho de 2015 -- (Des) humanos

(Des) humanos

O mesmo tempo
Em que rio de você você chora por mim?
Tempo seguindo o ritmo dos ponteiros
Que apontam chegadas e partidas
Que arrulham lágrimas de tristeza ou de alegria
Que são só instrumentos dum relógio cruel que não para para nada nem para Ninguém
Esse relógio invisível impede sonhos impede realizações
Ás vezes leva quem deveria ficar e deixa tolos bêbados de sono...
Cruel é a vida que não ensina nada sobre despedidas e que aprendemos na marra
Chorando pelas ruas fingindo que estamos alérgicos à fumaça dos carros Insanos
Que passam correndo sem pensar como quase todos nós

(Des)humanos!

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