Este livro é indicado a todos que já amaram, ou seja, a todos. Porque,
até quem nada pensa amar, ama a liberdade deste ilusório desprendimento.
Este livro é dedicado a quem já sentiu saudade daquela voz, daquele
cheiro, daquela comida, daquela briga, daquela roupa, daquele cabelo, daquela
risada, daquele mimo, daquela ligação no meio do dia, daquela lembrança
inesperada, daquele abraço...
A todos que já perderam alguém, recomendo que se deixem levar pelas
palavras jorradas, incontidas, despejadas em torrente, que esse jovem poeta
oferece, para que nelas encontrem este ser ou sonho perdido, há tanto ou há
tão pouco.
Marco Plácido é desses autores que não se contêm em procurar
métricas ou formas ou estilos...ele se dedica quase que exclusivamente a um
mergulho tão fundo, e ao mesmo tempo tão imediato, em seu âmago, que
ao lê-lo, se nos permitirmos embarcar nesta viagem, sentimos, quase que de
início, como é árduo e poderoso, difícil e comovente, o encontro de nossos
momentos e nossas perdas; como é difícil aceitar que o tempo se vai e com ele
nossos sonhos e entes queridos, mas que, como um raiar de sol, que a cada dia
invariavelmente se repete, e repete e repete, novos sonhos e amores surgem,
sem que os antigos jamais desapareçam.
Àqueles que têm a coragem dos poetas, dos jornalistas, dos astronautas,
dos bailarinos, dos atores, dos autores, eu especialmente recomendo o
livro NO INVERNO, FECHEI OS OLHOS E CHOREI. A todos os outros,
eu simplesmente acho obrigatória esta leitura.
Brindo a uma viagem sem cinto de segurança rumo ao (des)conhecido
dessas palavras, desejando um intenso acidente, de cara, varando o parabrisa,
para todos os leitores. Boa Viagem.
Hélder Teixeira.
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