segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

365 dias com poesia, 14 de dezembro de 2014 -- sereno



sereno

Madrugada
Às vezes mar de lágrimas
Mar de ávidas resoluções
Que de dia não serão resolvidas
Por medo
Por hábito
Por fastio do receio que aprendemos
Num mundo cheio de opiniões
Cada vez mais de quem não faz
Cada vez em menos segredos esprememos nossas saudades
Em sorrisos de encartes das lojas de liquidação da vida
E acabamos liquidando a possibilidade de sermos serenos do nosso jeito

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