quarta-feira, 8 de setembro de 2010

IGUANAS

Sobra do vivido? não quero mais isso quero continuar mas escrever sobre coisas que desconheço elejo o assunto agora é meu mundo desconhecido de mim mesmo nada feito o batom esquecido pela prostituta na mesinha do apartamento do playboy o chicote do cara do décimo andar que se acha ainda o senhor de engenho e espera o último vacilo do último empregado para humilhá-lo em chicotadas que para o menino do nono talvez soem como música não sei cada louco com sua certeza absurda o pássaro irá morar fora da gaiola por saber-se dono da escola que fica aqui embaixo quero escrever sobre tudo que desconheço inventarei um mundo que apassargará minhas letras que nessa hora da noite se escondem dum poema sem eira nem beira sem uma flor que pudesse levar a um simples bem-me-quer sem um caule ao menos que me fizesse sonhar com uma árvore mesmo que anã loucura vã existência sem nexo como tudo até aqui ali ainda há uma esperança na herança que espero deixar aos meus filhos tristes dum pai com brilho azulado no olhar opaco de verdades amareladas por iguanas realidades

Abraços, Marco.

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