quarta-feira, 8 de setembro de 2010

GERAÇÃO MARGINAL

Cinco poetas dessa geração tiveram seus poemas destacados no livro DESTINO POESIA. Separei trechos dos poemas, registrando o autor.

Paulo Leminski:

"...Marginal é quem escreve à margem,
deixando branca a página
para que a paisagem passe
e deixe tudo claro à sua passagem..."


Torquato Neto:

"...Mal, muito mal: a paisagem, o verde
da manhã, rever-te sob o sol tropical
reverso da mortalha (o mal), notícias
de jornal -- vermelho e negro -- naturalismo
eu cismo".

Ana C.

"olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas"

Cacaso:

"...Na hierarquia dos sexos, transparente,
escorrego

para o passado.
Na falta de quem nos olhe
Vamos ficando perfeitos e belos
tão belos e tão perfeitos
como a tarde quando pressente
as glândulas aéreas da noite.".

Waly Salomão:

" ... Hoje só quero ritmo.
Ritmo no falado e no escrito
Ritmo, veio-central da mina.
Ritmo, espinha-dorsal do corpo e da mente.
Ritmo na espiral da fala e do poema.".

P.S. Em poemas curtos com linguagem coloquial e métrica musical , com exceção de Ana C., todos cairam nas ondas sonoras brasileiras.

Abraços, Marco.

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