Paulo Leminski:
"...Marginal é quem escreve à margem,
deixando branca a página
para que a paisagem passe
e deixe tudo claro à sua passagem..."
Torquato Neto:
"...Mal, muito mal: a paisagem, o verde
da manhã, rever-te sob o sol tropical
reverso da mortalha (o mal), notícias
de jornal -- vermelho e negro -- naturalismo
eu cismo".
Ana C.
"olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas"
Cacaso:
"...Na hierarquia dos sexos, transparente,
escorrego
para o passado.
Na falta de quem nos olhe
Vamos ficando perfeitos e belos
tão belos e tão perfeitos
como a tarde quando pressente
as glândulas aéreas da noite.".
Waly Salomão:
" ... Hoje só quero ritmo.
Ritmo no falado e no escrito
Ritmo, veio-central da mina.
Ritmo, espinha-dorsal do corpo e da mente.
Ritmo na espiral da fala e do poema.".
P.S. Em poemas curtos com linguagem coloquial e métrica musical , com exceção de Ana C., todos cairam nas ondas sonoras brasileiras.
Abraços, Marco.
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