Eu
estava sobre uma colina e vi o Velho se aproximando, mas ele vinha
como
se fosse o Novo.
Ele
se arrastava em novas muletas, que ninguém antes havia visto, e exalava
novos
odores de putrefação, que ninguém antes havia cheirado.
A
pedra passou rolando como a mais nova invenção, e os gritos dos gorilas
batendo
no peito deveriam ser as novas composições.
Em
toda parte viam-se túmulos abertos vazios, enquanto o Novo movia-
-se
em direção à capital.
E
em torno estavam aqueles que instilavam horror e gritavam. Aí vem o
Novo,
tudo é novo, saúdem o Novo, sejam novos como nós! E quem
escutava,
ouvia apenas os seus gritos, mas quem olhava, via pessoas que
não
gritavam.
Assim
marchou o Velho, travestido de Novo, mas em cortejo triunfal
levava
consigo o Novo e o exibia como Velho.
O
Novo ia preso em ferros e coberto de trapos; estes permitiam ver o vigor
de
seus membros.
E
o cortejo movia-se na noite, mas o que viram como a luz da aurora era
a
luz de fogos no céu. E o grito: Aí vem o Novo, tudo é novo, saúdem o
Novo,
sejam novos como nós! Seria ainda audível, não tivesse o trovão
das
armas sobrepujado tudo.
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