Na
tênue névoa vermelha da noite
Víamos
as chamas, rubras, oblíquas
Batendo
em ondas contra o céu escuro.
No
campo em morna quietude
Crepitando
Queimava
uma árvore.
Para
cima estendiam-se os ramos, de medo estarrecidos
Negros,
rodeados de centelhas
De
chuva vermelha.
Através
da névoa rebentava o fogo.
Apavorantes
dançavam as folhas secas
Selvagens,
jubilantes, para cair como cinzas
Zombando,
em volta do velho tronco.
Mas
tranquila, iluminando forte a noite
Como
um gigante cansado à beira da morte
Nobre,
porém, em sua miséria
Erguia-se
a árvore em fogo.
E
subitamente estira os ramos negros, rijos
A
chama púrpura a percorre inteira –
Por
um instante fica erguida contra o céu escuro
E
então rodeada de centelhas
Desaba.
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