A opinião pública transformou -- para pior, nossa opinião, pública. Todos já estamos treinados em não emitir opinião, preocupados que vivemos em não queimar nosso filme. Explico: todos queremos ser os mocinhos do filme de produção nacional (Isso porque somos humildes!). 
Sempre sorridentes e amenos, evitamos, pelo menos, na frente das câmeras (e são tantas!), expressar algo que não seja o discurso perfeito, todos sabemos o que os outros querem ouvir. 
Outro dia, a propósito, isso foi claramente demonstrado pelo Rafinha Bastos, quando ao entrevistar vários populares, em São Paulo, a respeito do preconceito sexual, todos os que falaram como se a câmera estivesse desligada assumiram ter preconceito. 
Porém, diante da luz vermelha, sinal de que a câmera estava funcionando, passaram a tecer considerações bastante pertinentes acerca da aceitação ao outro ser humano, homossexual. 
Hipocrisia total! 
Até deu matéria no New York Times, como se os americanos pudessem ter ficado espantados com o tamanho da nossa falha moral.
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