quarta-feira, 25 de agosto de 2010

VELUDO

quando canto não mas quando falo falho minha voz está falando só comigo como irei me transformar em nós sem voz? como irei me comunicar? por gestos por erradas rimas por escritos espremidos entre rugidos de um leão sem juba e em qual nuca aparecerá a primeira ruga em qual raça irá a humanidade continuar sem fala pigmeus ainda existem? meus brados ainda persistem alguém ainda está do outro lado para ouvi-lo? em que ouvidos terei que murmurar doces palavras arrítmicas e anêmicas sem veludo o mundo é mudo



Abraços, Marco.

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