domingo, 29 de agosto de 2010

TROPICÁLIA 1

Em primeiro lugar, o risco, no meu caso, é de não ser levado a sério como poeta. Estou cagando! Não ser levado a sério ou não gostarem do que faço faz parte...

Falando como "cantor" -- apesar de me ver mais como artista, pois penso em todos os aspectos envolvidos num show, até mesmo em...cantar!, acho que, para os que nascem com o dom de cantar, não há a necessidade de muito analisar, tudo é natural -- talvez esse seja o problema dos jovens cantores (da televisão), sem repertório, cantam sem saber sobre o que devem falar!

No meu caso cantar é a extensão daquilo que escrevo e os poemas me obrigam a cantar cada música de um jeito. Desafio que me estimula a continuar. Por isso, também, consigo dar pitaco nas outras coisas que estão ligadas a um show, pois tenho o conceito do que estou fazendo no palco!

Nesse caminhar, via que uma característica dos cantores de MPB é quererem ser levados a sério todo o tempo. Quase todos protegidos pelos violões, acabavam fazendo um show chato, muito parado...Na minha visão, querendo ser Caetano -- que na verdade não é, nem foi, assim, desconhecendo os planos tropicalistas do mano...

(continua...).

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