Inverno
Trovão, barulho do rio
Goteiras pingavam
O vento do frio sacudia os ramos das catingueiras
O fogo dava calor e luz
Que clareava vagamente
Os pés do vaqueiro, da mulher e dos meninos
O mais velho viu que o pai tinha o coração na goela
Ao escapar de um braço
Por interrompê-lo
Forte era a chuva que caía
Fabiano de bom humor
Contava façanhas e
Pensava :
Se a seca chegasse
Coseria o soldado amarelo a facadas
Depois o juiz, o promotor e o delegado
Numa briga imaginária fez e aconteceu
O mais novo batia palmas
O mais velho desconfiou
A história se modificara
Fabiano deveria ter repetido as palavras
Ao mudá-las mudou
Tudo
Estava mudado
Chovia muito, o dia inteiro
(Baleia precisava dormir e
Livrar-se das pulgas e
Daquela vigilância a que a tinham habituado...)
Nenhum comentário:
Postar um comentário