sexta-feira, 18 de setembro de 2015

365 dias com poesia, 18 de setembro de 2015 -- diabólica

diabólica

O diabo não é mau porque é o diabo
É mau porque é velho
A velhice vê o futuro
Cospe pretéritos
Vê cinzas nas árvores
Sente o cheiro das saudades
E arde como carvão
Por isso desacredita em qualquer obra
Principalmente numa que fale a verdade

Porque a velhice não precisa mais da verdade porque ela já sabe que a  verdade é o fim

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