quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Chagall -- Plácido, poema: milagre

milagre

...e se fossemos príncipes do absurdo não precisaríamos chorar?
Nem caminhar de braços dados com o desespero?
Se pudéssemos inventar uma canção a cantaríamos?
Abriríamos mão da solidão para enxergar outros olhos gulosos?

Se desejássemos não morrer faríamos algo diferente de ficar esperando por um milagre que não sabemos quando, onde ou de quem vem?

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