(...)
No palco, se não for de forma tendenciosa ou enfática, pode ser anunciada a nova vida, ou seja, também ser transmitida àqueles que não aprendem seus gestos por impulso e força próprios.Eles não devem ser convertidos pelo esforço do palco. Mas pelo menos devem saber: isso existe em nosso tempo, bem junto de nós. O que já é felicidade bastante.
Ele tem quase o significado de uma religião, esse conhecimento: que, tão logo se encontre a melodia do fundo, não se está mais perdido em suas palavras e impreciso nas decisões. Há uma despreocupada segurança na simples convicção de ser parte de uma melodia, ou seja, possuir por direito um espaço determinado e ter um determinado dever numa obra vasta, na qual o menor tem o mesmo valor que o maior. Não ser supérfluo -- esta a primeira condição para um desenvolvimento consciente e tranquilo.
De toda discórdia e engano decorre o fato de que as pessoas procuram o que há de comum em si, em vez de fazê-lo nas coisas por trás de si, na luz, na paisagem, no começo e na morte. Assim, perdem a si mesmas e não ganham nada com isso. Misturam-se por não poderem, de fato, unir-se. Mantêm-se juntas e mesmo assim não podem pisar firme, pois ambas oscilam e são fracas; e neste recíproco querer apoiar-se gastam toda a sua força, de modo que, exteriormente, não se pode pressentir sequer a batida de uma onda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário