domingo, 11 de março de 2012

Com Neruda

Há amor quando o cheiro de sal não afasta nossos olhos de mar quando acabar é apenas um verbo e não um sentimento há amor quando dedos emitem o calor de argumentos de sorvetes de beijos quando o céu é sempre azul não importando o cinza do mar há amor quando o voo do pássaro passa a ser uma desculpa para a ternura de sentir seu perfume na maresia há amor quando vejo nas marcas do pescoço uma vida sendo vivida sem explicações sem duras desculpas da falta de tempo curtidos sapatos desgastados por caminhadas de mãos dadas fazem do amor um sobrevivente numa ilha de coqueiros ilusão compartilhada que um poema de Neruda nos deu em oportunidade

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