Não somos apanas o que existe.
Há camadas que guerreiam.
Apenas o alargamento
de terra e raízes.
Rios correndo países
de paciência.
Apenas o estribilho
de línguas
vivas ou mortas.
Um pêlo, a brisa,
os corpos na água.
Inumeráveis
as gerações se conhecem,
proa de um rosto.
E nos parecemos
com o tudo que muda,
ficando.
Das coisas
tomamos o bordão,
o andamento.
Não apenas o que existe.
Também o que não existe,
somos.
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