sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

OFICINA POÉTICA “RASCUNHOS POÉTICOS” (9)

16 – Por que sempre existirão poetas?

DNA

DNA de Devemos Nos Amar, nunca pensou nisso?! Então, agora você irá entender para que servem os poetas. Somos especialistas em sermos levados da breca de entendermos as coisas em vice e versa, olhamos tudo e vemos aquilo que os outros não vêem, não por falta de capacidade, não!, por falta de atenção. Como técnicos altamente treinados identificamos os DNAs alterados que impossibilitam o olhar ingênuo e necessário nessa vida de tresloucados. Somos os não-viciados em fingir, por isso, passamos, muitas vezes, por malucos, pois enquanto os outros fingem melhor ou pior -- tentando enganar a quem?, nós somos especialistas na verdade, que até pode magoar, mas traz paz, requisito número um para alguma felicidade.

17 -- Oficina Poética:

Hoje me perguntaram se não gostaria de ensinar outras pessoas a escrever. Respondi que isso seria impossível, primeiro porque acho que não conseguiria; depois, porque penso que as pessoas não gostariam do jeito que tentaria passar o que aprendi na prática.

E explico: primeiro acho que as palavras têm importância relativa no processo; sem elas não há escrita, por óbvio, mas só com elas, na maioria das vezes, também não há escrita, porque não há comunicação. Me refiro a escrever dando mais importância a intenção do que aquilo que está propriamente escrito, não sei se me explico, mas é isso. Pelo menos na minha poesia funciona, acredito! O poema transforma as letras em sensações, que depois de sentidas fazem com que o leitor se esqueça das palavras mas guarde o que sentiu do que foi dito!

A segunda dificuldade seria fazer com que as pessoas, não obstante utilizassem as regras gramaticais, não se escondessem nelas! Processo inverso do que escrevi acima, ou seja, o escritor vai pensar o conteúdo do poema sem se prender às regras para só depois adequar ao vernáculo aquilo que efetivamente quer escrever. Esse controle é que demonstra o calibre da arma do dito- cujo (sem trocadilhos, por favor!).

A terceira e última, para não me alongar, é escrever sem pudor. Essa é a mais difícil de todas, pois quem -- num mundo globalizado, em que todos querem ter as mesmas tatuagens, as mesmas gírias e fazer parte da "tchurma" --, quem terá coragem de ligar o foda-se e escrever como se fosse morrer dali a poucas horas?!

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