quinta-feira, 8 de julho de 2010

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS

Esse poema, pela forma que tomou, durante sua execução, assegurou ao meu editor que ele poderia confiar no conteúdo dos meus livros (pelo menos foi isso que ele me confidenciou) quando me disse ser muito difícil terminar, mantendo a pujança, um poema que é interrogativo.

Com vocês, PERGUNTAS SEM RESPOSTAS

Como amanhecer sem você?
Como entardecer sem saber qual meu lugar?
Como anoitecer sem prazer?

Como amanhecer sem prazer?
Como entardecer sem sentir o sabor de seu beijo?
Como anoitecer sabendo não mais te ter?

Como amanhecer sabendo não mais te ter?
Como entardecer sem saber para onde olhar?
Como anoitecer sem o calor do teu corpo?

Como amanhecer sem o calor do teu corpo?
Como entardecer sem te encontrar na multidão?
Como anoitecer sem paixão?

Como amanhecer sem paixão?
Como entardecer achando nunca mais te ver?
Como anoitecer vendo cada vez mais de perto o amanhecer?

Como amanhecer sem anoitecer?
Como entardecer sem amanhecer?
Como anoitecer sem entardecer?

Abraços, Marco.

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